Aspectos históricos e conceituais da biogeografia: problemas de identidade e formação no Brasil, ROSA, A. S.; REIS JR. D. F. C (2002) [RESUMO]
O
resumo a ser desenvolvido será da Amanda Santa e do Dante Reis, que fala sobre
os aspectos históricos e conceituais da biogeografia: Problemas de identidade e
formação no Brasil, observando a biogeografia no desenvolvimento da geografia,
a disciplina biogeografia no curso de geografia e que fim dar a biogeografia.
As formas de vida são dispersas no
globo, os seres podem se desenvolver em diversos ecossistemas, a biogeografia é
a ciência que estuda os seres vivos. Segundo Camargo (1998) a Biogeografia,
admite-se, é a ciência que estuda a distribuição das espécies. No nível
taxonômico, a principal preocupação é a identificação e a classificação dos
seres vivos. No nível ecológico é o estudo das comunidades das plantas e dos
animais, em relação ao seu habitat. Sendo auxiliada por diversos campos, além
da Geografia, a Biologia, a Ecologia e as engenharias Ambiental, Florestal,
Agronômica. Os estudos atuais de Biogeografia no âmbito da ciência geográfica
permanecem remetendo a abordagens tradicionais, ou então simplesmente replicam
técnicas “alheias” A abordagem tradicional pressupõe pesquisas baseadas no
empirismo e indutivismo.
No
desenvolvimento da Geografia Brasileira, a biogeografia tem a necessidade de
explicar a distribuição dos seres vivos (CAMARGO, 1998), no espaço.
Historicamente, o primeiro relato da biogeografia veio na carta de Pero Vaz de
Caminha, quando ele diz respeito sobre as plantas e aves, mesmo os documentos
sendo pré-científicos. O primeiro levantamento propriamente cientifico veio
através do governo holandês de Mauricio de Nassau, onde descrevera a fauna e
flora do Nordeste Brasileiro, porém, Foi só com a vinda do botânico e
biogeógrafo Pierre Dansereau (1919-2011), em 1945, é que de fato passaria a
haver desenvolvimento da Biogeografia no âmbito da Geografia. Dansereau,
agrônomo canadense, com especialização em Biogeografia, deu impulso
considerável à Ecologia Moderna, por seus estudos sobre a dinâmica das
florestas e pela construção da ponte entre as ciências naturais e humanas. O
Geógrafo de produção bastante saliente, Aziz Nacib Ab’Sáber (1924-2012) realizou
também pesquisas importantes no âmbito. Interessado nos estudos de interface
com a Geomorfologia, Ab’Sáber se valeria, para tal, de modelos conceituais
então em voga: a Teoria dos Refúgios e a chamada Biogeografia de Ilhas.
A
Biogeografia na disciplina geografia vem com um currículo bem estruturado e
devidamente cumprido, segundo o Projeto Político Pedagógico (PPP) estabelecido
por um curso, é de fundamental importância para o processo ensino/aprendizagem.
O conteúdo mínimo ficou dividido em seis grandes áreas, a saber (MORAIS et al):
Art. 1 – O currículo mínimo do curso de Geografia ficará assim constituído:
Geografia Física, Geografia Biológica ou Biogeografia, Geografia Humana,
Geografia Regional, Geografia do Brasil e Cartografia. Na perspectiva
normativa, a biogeografia é vista como a disciplina que compõe os estudos de
analise do meio natural, e para maior compreensão dos aspectos naturais, um
maior respaldo em teorias da ecologia da botânica e da zoologia é necessária
para melhor compreensão. No seu ensino, ela trata ementas que abordam estudos
biogeográficos relacionados com o meio social, contemplando análise de impactos
ecossistêmicos e estudo de uso de recursos naturais. Noutras palavras, seria
nestas somente que se verificaria um compromisso com os estudos de interface.
As outras universidades possuem ênfase em Biogeografia Ecológica, sendo que a
maioria delas também apresenta currículo contemplando a perspectiva da Biogeografia
Histórica. A climatologia e a geomorfologia poderá ser exigida.
Na Geografia, o principal
alinhamento dos estudos biogeográficos dá-se com uma Biogeografia Ecológica,
que divide os estudos em Fitogeografia e Zoogeografia. Esta subdivisão requer
um alto conhecimento em Ecologia Vegetal e Animal; saberes que,
contraditoriamente, não são pré-requisitos obrigatórios nos cursos de
Geografia, segundo o que constatamos nos programas das universidades
analisadas. Entendemos que o geógrafo é o profissional que poderia ser capaz de
pensar o meio como um todo; e que disto não deveríamos apenas usufruir em
teoria. A Biogeografia é a disciplina que detém o potencial de “reinventar” uma
Geografia sem dicotomias; de repensar o objeto da Geografia. A enxergamos como
podendo ser o caminho para uma Geografia Integrada, uma Geografia Ambiental.
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