domingo, 1 de março de 2015

Aspectos históricos e conceituais da biogeografia: problemas de identidade e formação no Brasil, ROSA, A. S.; REIS JR. D. F. C (2002) [RESUMO]

Aspectos históricos e conceituais da biogeografia: problemas de identidade e formação no Brasil, ROSA, A. S.; REIS JR. D. F. C (2002) [RESUMO]

O resumo a ser desenvolvido será da Amanda Santa e do Dante Reis, que fala sobre os aspectos históricos e conceituais da biogeografia: Problemas de identidade e formação no Brasil, observando a biogeografia no desenvolvimento da geografia, a disciplina biogeografia no curso de geografia e que fim dar a biogeografia.

            As formas de vida são dispersas no globo, os seres podem se desenvolver em diversos ecossistemas, a biogeografia é a ciência que estuda os seres vivos. Segundo Camargo (1998) a Biogeografia, admite-se, é a ciência que estuda a distribuição das espécies. No nível taxonômico, a principal preocupação é a identificação e a classificação dos seres vivos. No nível ecológico é o estudo das comunidades das plantas e dos animais, em relação ao seu habitat. Sendo auxiliada por diversos campos, além da Geografia, a Biologia, a Ecologia e as engenharias Ambiental, Florestal, Agronômica. Os estudos atuais de Biogeografia no âmbito da ciência geográfica permanecem remetendo a abordagens tradicionais, ou então simplesmente replicam técnicas “alheias” A abordagem tradicional pressupõe pesquisas baseadas no empirismo e indutivismo.

No desenvolvimento da Geografia Brasileira, a biogeografia tem a necessidade de explicar a distribuição dos seres vivos (CAMARGO, 1998), no espaço. Historicamente, o primeiro relato da biogeografia veio na carta de Pero Vaz de Caminha, quando ele diz respeito sobre as plantas e aves, mesmo os documentos sendo pré-científicos. O primeiro levantamento propriamente cientifico veio através do governo holandês de Mauricio de Nassau, onde descrevera a fauna e flora do Nordeste Brasileiro, porém, Foi só com a vinda do botânico e biogeógrafo Pierre Dansereau (1919-2011), em 1945, é que de fato passaria a haver desenvolvimento da Biogeografia no âmbito da Geografia. Dansereau, agrônomo canadense, com especialização em Biogeografia, deu impulso considerável à Ecologia Moderna, por seus estudos sobre a dinâmica das florestas e pela construção da ponte entre as ciências naturais e humanas. O Geógrafo de produção bastante saliente, Aziz Nacib Ab’Sáber (1924-2012) realizou também pesquisas importantes no âmbito. Interessado nos estudos de interface com a Geomorfologia, Ab’Sáber se valeria, para tal, de modelos conceituais então em voga: a Teoria dos Refúgios e a chamada Biogeografia de Ilhas.

A Biogeografia na disciplina geografia vem com um currículo bem estruturado e devidamente cumprido, segundo o Projeto Político Pedagógico (PPP) estabelecido por um curso, é de fundamental importância para o processo ensino/aprendizagem. O conteúdo mínimo ficou dividido em seis grandes áreas, a saber (MORAIS et al): Art. 1 – O currículo mínimo do curso de Geografia ficará assim constituído: Geografia Física, Geografia Biológica ou Biogeografia, Geografia Humana, Geografia Regional, Geografia do Brasil e Cartografia. Na perspectiva normativa, a biogeografia é vista como a disciplina que compõe os estudos de analise do meio natural, e para maior compreensão dos aspectos naturais, um maior respaldo em teorias da ecologia da botânica e da zoologia é necessária para melhor compreensão. No seu ensino, ela trata ementas que abordam estudos biogeográficos relacionados com o meio social, contemplando análise de impactos ecossistêmicos e estudo de uso de recursos naturais. Noutras palavras, seria nestas somente que se verificaria um compromisso com os estudos de interface. As outras universidades possuem ênfase em Biogeografia Ecológica, sendo que a maioria delas também apresenta currículo contemplando a perspectiva da Biogeografia Histórica. A climatologia e a geomorfologia poderá ser exigida.

            Na Geografia, o principal alinhamento dos estudos biogeográficos dá-se com uma Biogeografia Ecológica, que divide os estudos em Fitogeografia e Zoogeografia. Esta subdivisão requer um alto conhecimento em Ecologia Vegetal e Animal; saberes que, contraditoriamente, não são pré-requisitos obrigatórios nos cursos de Geografia, segundo o que constatamos nos programas das universidades analisadas. Entendemos que o geógrafo é o profissional que poderia ser capaz de pensar o meio como um todo; e que disto não deveríamos apenas usufruir em teoria. A Biogeografia é a disciplina que detém o potencial de “reinventar” uma Geografia sem dicotomias; de repensar o objeto da Geografia. A enxergamos como podendo ser o caminho para uma Geografia Integrada, uma Geografia Ambiental.


Texto escrito por Jadson Freire e Mayara Brandão, estudantes de Geografia em 2013


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