Resumo
do Artigo - A nova natureza do mundo e a necessidade de uma biogeografia
“social”, ALBUQUERQUE, E. S.; CANDIOTTO, L. Z. P.; CARRIJO, B. R.; MONASTIRSKY,
L. B (2004)
Com
o os processos de desenvolvimento e mudança ocorrendo no âmbito geográfico,
várias vertentes modificaram-se e conseguiram acompanhar a demanda social
capitalista que a sociedade esta vivendo, porém a biogeografia não se adequou a
tal fato e precisa de uma renovação para que assuntos que em certos momentos
não eram estudados por esta, começarem a se estudar, uma biogeografia social.
Como ciência, a biogeografia é uma das disciplinas formadoras da geografia
moderna, com seu desenvolvimento voltado com a preocupação da distribuição
espacial da fauna e flora terrestres, tendo embasamento na botânica e na
zoologia.
Historicamente,
a biogeografia sofreu repressões na idade média, podendo apenas ser exposta nas
ideias de Lamarck (1809) , na lei de uso e desuso e Darwin (1959), dando
subsídios para explicação cientifica da distribuição espacial de biodiversidade;
Drouin (1996) destacou a quantidade de argumentos que Darwin buscou na
biogeografia para ter como referencias da publicação de Origem das Espécies.
Porém, a primeira tentativa de transformar a biogeografia como ciência social vem
com Friedrich Ratzel com o Determinismo geográfico, que considerou que a
biogeografia tinha uma forte influencia nas ações antrópicas na transformação
da fisionomia da vida na terra, vinculando a antropogeografia, propondo assim
uma biogeografia universal, onde as vidas animal, vegetal e humana eram
interdependentes.
No século XIX, a utilidade da biogeografia foi
de aumentar o poder dos países europeus, já que datar os recursos de fauna e
flora era saber como controla-los, o mercantilismo e o colonialismo viriam como
consequência, ressalta-se as viagens de expedições; mesmo tendo a biogeografia
como uma ciência que tenta explicar a distribuição espacial da fauna e flora no
continente, Velasco (2001) comenta sobre duas correntes que levam em
consideração as transformações decorrentes da ação humana nos ecossistemas,
sendo a Biogeografia Cultural, representada por Simmons (1982) da escola
anglo-saxônica; e a Biogeografia Histórica, defendida por Dubois (1994) da
escola francesa. Ambas, tem como ponto central o estudo regressivo na
construção recente das paisagens vegetais, ou seja, entender como o homem vem
interferindo na composição das paisagens vegetais. No século XX, a biogeografia
já dá um enfoque ao homem muito relevante, sobretudo na biogeografia econômica
e a médica, já que de longa data o homem vem selecionando e extinguindo
elementos da fauna e flora terrestres, vem introduzindo espécies exóticas em
todos os ecossistemas vêm atribuindo valor econômico a um número sempre
crescente de fatores naturais, portanto, caberia sim ao biogeógrafo ater-se aos
aspectos culturais, sociais e econômicos, já que estes influenciam a
distribuição espacial.
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