domingo, 1 de março de 2015

A nova natureza do mundo e a necessidade de uma biogeografia “social”, ALBUQUERQUE, E. S.; CANDIOTTO, L. Z. P.; CARRIJO, B. R.; MONASTIRSKY, L. B (RESUMO)


Resumo do Artigo - A nova natureza do mundo e a necessidade de uma biogeografia “social”, ALBUQUERQUE, E. S.; CANDIOTTO, L. Z. P.; CARRIJO, B. R.; MONASTIRSKY, L. B (2004)

Com o os processos de desenvolvimento e mudança ocorrendo no âmbito geográfico, várias vertentes modificaram-se e conseguiram acompanhar a demanda social capitalista que a sociedade esta vivendo, porém a biogeografia não se adequou a tal fato e precisa de uma renovação para que assuntos que em certos momentos não eram estudados por esta, começarem a se estudar, uma biogeografia social. Como ciência, a biogeografia é uma das disciplinas formadoras da geografia moderna, com seu desenvolvimento voltado com a preocupação da distribuição espacial da fauna e flora terrestres, tendo embasamento na botânica e na zoologia.
Historicamente, a biogeografia sofreu repressões na idade média, podendo apenas ser exposta nas ideias de Lamarck (1809) , na lei de uso e desuso e Darwin (1959), dando subsídios para explicação cientifica da distribuição espacial de biodiversidade; Drouin (1996) destacou a quantidade de argumentos que Darwin buscou na biogeografia para ter como referencias da publicação de Origem das Espécies. Porém, a primeira tentativa de transformar a biogeografia como ciência social vem com Friedrich Ratzel com o Determinismo geográfico, que considerou que a biogeografia tinha uma forte influencia nas ações antrópicas na transformação da fisionomia da vida na terra, vinculando a antropogeografia, propondo assim uma biogeografia universal, onde as vidas animal, vegetal e humana eram interdependentes.
 No século XIX, a utilidade da biogeografia foi de aumentar o poder dos países europeus, já que datar os recursos de fauna e flora era saber como controla-los, o mercantilismo e o colonialismo viriam como consequência, ressalta-se as viagens de expedições; mesmo tendo a biogeografia como uma ciência que tenta explicar a distribuição espacial da fauna e flora no continente, Velasco (2001) comenta sobre duas correntes que levam em consideração as transformações decorrentes da ação humana nos ecossistemas, sendo a Biogeografia Cultural, representada por Simmons (1982) da escola anglo-saxônica; e a Biogeografia Histórica, defendida por Dubois (1994) da escola francesa. Ambas, tem como ponto central o estudo regressivo na construção recente das paisagens vegetais, ou seja, entender como o homem vem interferindo na composição das paisagens vegetais. No século XX, a biogeografia já dá um enfoque ao homem muito relevante, sobretudo na biogeografia econômica e a médica, já que de longa data o homem vem selecionando e extinguindo elementos da fauna e flora terrestres, vem introduzindo espécies exóticas em todos os ecossistemas vêm atribuindo valor econômico a um número sempre crescente de fatores naturais, portanto, caberia sim ao biogeógrafo ater-se aos aspectos culturais, sociais e econômicos, já que estes influenciam a distribuição espacial.


Texto escrito por Jadson Freire e Mayara Brandão, estudantes de geografia em 2013







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