Decifrando a Terra - Minerais e Rochas | Capitulo 2 [RESUMO]
Definições gerais:
Minerais
sãos elementos ou compostos químicos com composição definida dentro de certos
limites, cristalizados e formados naturalmente por meio de processos geológicos
inorgânicos, na terra ou em corpos extraterrestres. Pode também ser chamado de
cristal quando a amostra do mineral tiver feições geométricas externas. O termo
rocha é usado para descrever uma associação de minerais que, por diferentes
motivos geológicos, acabam ficando intimamente unidos. Embora coesa, e muitas
vezes, dura, a rocha não é homogênea. Ela não tem a continuada física nem
mineral e, portanto, pode ser subdividida em todos os seus minerais constituintes.
O termo minério é utilizado apenas quando o mineral ou a rocha apresentar uma importância
econômica.
Alguns
poucos minerais tem a composição química muito simples, dada por átomos de um
mesmo elemento químico. São os exemplos o diamante (átomos de diamante), o enxofre
(átomos de enxofre) e o ouro (Átomos de ouro). A grande maioria dos minerais,
entretanto, é formada por compostos químicos que resultam da combinação de
diferentes elementos químicos; sua composição química pode ser fixa ou variar
dentro de limites bem definidos. Nas composições químicas do quartzo (SiO2), um
átomo de silício combina com dois de oxigênio, qualquer que seja o tipo de
ambiente geológico em que o quartzo se forme. Na natureza, os cristais
perfeitos dos minerais são raros e consequentemente constituem as joias do
reino mineral. O mercúrio (elemento nativo), é o único liquido considerado espécie
mineral. O gelo formado naturalmente (nas calotas polares, por exemplo) é considerado
mineral, mas a água liquida, não. Substancia solidas amorfas, tais como géis,
vidros e carvões naturais, não são cristalinas e, portanto, não satisfazem às exigências
da definição de mineral. Estas substancias formam parte da classe dos mineraloides.
Minerais:
A
origem de um mineral está condicionada aos "ingredientes químicos" e
às condições físicas (Temperatura e pressão) reinante no seu ambiente de
formação. Assim sendo, minerais são diferentes daqueles formados na sua superfície.
As informações sobre minerais presentes em corpos extraterrestres são inferidas
a partir de amostras desses corpos; no caso da Lua, coletadas diretamente de
sua superfície e no caso de marte e alguns asteroides maiores, a partir de
amostras de meteoritos caídos na terra. Um mineral pode ser formar de diferentes
maneiras, por exemplo, a partir de uma solução, de material em estado de fusão
ou vapor. O processo de cristalização tem início com a formação de um núcleo,
um diminuto cristal que funciona como uma semente, ao qual o material vai
aderindo, com o consequente crescimento do cristal. O estado cristalizado pode
ser conseguido pela passagem da mateia do estado físico amorfo para o
cristalino em ambiente geológico quente. Isto ocorre na cristalização de magma,
material rochoso fundido. Ocorre também pela condensação de materiais rochoso
em estado de vapor, quando os cristais se formam diretamente do vapor sem
passar pelo estágio intermediário do estado liquido. A condensação de minerais
a partir da nebulosa solar deve ter sido um processo importante durante a
formação dos planetas. Atualmente, podemos ver na terra a formação de cristais
de enxofre a partir das fumarolas das atividades ígneas vulcânicas. Na passagem
de matéria de um para outro estado cristalino, os materiais rochosos que já
estão cristalizados podem, por modificações nas condições de pressão e/ou
temperatura, tornar-se instáveis e se recristalizar em uma nova estrutura cristalina
mais estável para novas condições, sem que haja fusão do mineral inicial. Este
processo é importante na formação de alguns dos minerais das rochas metamórficas.
Os
minerais que não absorvem ou absorvem pouco a luz são ditos transparentes. Os
que absorvem a luz consideravelmente são translúcidos e dificultam que imagens
sejam reconhecidas através deles; existem, contudo, os elementos metálicos, óxidos
e sulfetos que absorvem totalmente a luz, independentemente da espessura. São
os chamados minerais opacos. A cor de um mineral resulta da absorção seletiva
da luz. O simples fato de o mineral absorver mais de um determinado comprimento
de onda do que os outros faz que os comprimentos de onda restantes se componham
numa cor diferente a luz branca que chegou ao mineral, os principais fatores
que colaboram para a absorção seletiva são a presença de elementos químicos de
transição (ferro, cobre, níquel, cromo, vanádio) na composição química do
mineral. O traço é a cor do pó do mineral. É obtida riscando o mineral contra
uma placa ou um fragmento de porcelana, em geral de cor branca; esta
propriedade só é útil como elemento identificador dos minerais opacos ou
minerais ferrosos que apresentam traços coloridos (vermelho, marrom, amarelo),
mas a maioria dos minerais translúcidos exibe traço branco. A fratura é
denominada pela superfície irregular e curva resultante da quebra de um
mineral, podendo ser irregular ou concordais (são os tipos mais comuns de
fratura). Dureza é a resistência que o mineral apresenta a ser riscado, para
ser classificado, utiliza-se a escala da Mohs (Talco [dureza 1] Diamante
[dureza 10]).
Rochas
Por
definição, as rochas são produtos consolidados, resultantes da união naturais
de minerais. Diferente dos sedimentos, por exemplo areia de praia (conjunto de
minerais soltos), as rochas têm os seus cristais ou grãos constituintes bem
unidos. Dependendo do processo de formação, a força de ligação dos grãos
constituintes varia, resultando em rochas "duras" e rochas
"brandas". Chama-se estrutura da rocha o seu aspecto geral externo,
que pode ser maciço, com cavidades, orientado ou não etc. A textura se revela
por meio da observação mais detalhada do tamanho, forma e relacionamento entre
os cristais ou grãos constituintes da rocha.
Classificar
as rochas significa usar critérios que permitam agrupa-las segundo características
semelhantes. Uma das principais classificações é a genética, em que as rochas
são agrupadas de acordo com o seu modo de formação na natureza. Sob esse
aspecto, as rochas se dividem em três grandes grupos: Ígneas ou magmáticas,
sedimentares e metamórficas.
Ígneas
ou magmáticas - Estas rochas resultam do resfriamento de material rochoso
fundido, chamado magma. Quando o resfriamento ocorrer no interior do globo
terrestre, a rocha resultante será do tipo ígnea intrusiva. Se o magma
conseguir chegar a superfície, a rocha será do tipo ígnea extrusiva, também
chamada de vulcânica (onde o basalto é a rocha mais abundante). O resfriamento
das rochas intrusivas é lento, dando tempo suficiente para formação de minerais
(granito por exemplo, é a rocha mais abundante na crosta). Já o resfriamento dos
magmas extrusivos é muito mais rápido. Muitas vezes não há tempo suficiente
para os cristais crescerem muito (nos intrusivos crescem vários centímetros), a
rocha extrusiva tende a ter, portanto, uma textura de granulação fina.
As
rochas sedimentares são formadas a partir da compactação e/ou cimentação de
fragmentos produzidos pela ação dos agentes de intemperismo e piogênese sobre
uma rocha preexistente (protólito), e após serem transportadas pela ação dos
ventos, das águas que escoam, ou do gelo ou outros tipos de erosões, do ponto
de origem até o ponto de deposição. Para que se forme uma rocha sedimentar é
necessário, portanto, que existe uma rocha anterior, que pode ser ígnea, metamórfica
e mesmo outra sedimentar, fornecendo, pelo intemperismo, sedimentos (partículas
e/ou compostos químicos dissolvidos) que serão as matérias primas usadas na
formação da futura rocha sedimentar. Os compostos químicos dissolvidos
representam a matéria prima para os sedimentos químicos. Os sedimentos, sempre
se depositam em camadas sobre a superfície terrestres. Quando as rochas
sedimentares são constituídas por partículas (clastos) preexistentes, ela é
classificada como clásticas. O processo geológico que une as partículas
sedimentares é conhecido como litificação (Ocorre em condições geológicas de
baixa pressão) compactação e cimentação. Os depósitos sedimentares de origem orgânica
são acumulo de matéria orgânica tais como restos de vegetais, conchas de
animais, excrementos de aves etc., que, por compactação, acabam gerando
respectivamente, turfa, coquina e guano. São pseudo rochas porque as suas partículas
agregadas não são minerais.
Metamórficas
- As rochas metamórficas resultam na transformação de uma rocha preexistente no
estado solido. O processo geológico de
transformação se dá por aumento de pressão/temperatura sobre as rochas
preexistentes, sem que o ponto de fusão dos seus minerais seja atingido. Os geólogos
não consideram transformações metamórficas aquelas que ocorrem durante os
processos de intemperismo e de litificação. Quando a temperatura do
metamorfismo ultrapassa um certo limite, determinado pela natureza química da
rocha e pela pressão vigente, frequentemente na faixa de 700 a 800 graus célsius,
as rochas começam a se fundir, produzindo novamente o magma.
A
crosta é representa a camada solida externa do planeta, ela está dividida em
crosta continental, e crosta oceânica; estudos sobre distribuição litológica da
crosta continental indicam que 95% do seu volume total correspondem a rochas
cristalinas, ou seja, ígneas e metamórficas e apenas 5% de sedimentares, isto
indica que as rochas sedimentares representam uma fina camada acima das rochas
sedimentares e/ou ígneas, consideradas principais na formação litológica da
crosta continental.
SEDIMENTO - EROSÃO/DEPOSIÇÃO + LITIFICAÇÃO = ROCHA
SEDIMENTAR
ROCHAS + METAMORFISMO (pressão e temperatura) + FUSÃO PARCIAL
= ROCHA METAMÓRFICA
MAGMA + RESFRIAMENTO DO MAGMA NA SUPERFÍCIE/INTERNO =
ROCHA ÍGNEA
As
rochas terrestres não constituem massas estáticas. Elas fazem parte de um
planeta cheio de energia, que promove, com sua alta temperatura e pressão
interna, todos os processos de abalos sísmicos, movimentos tectônicos de placas
e atividades vulcânicas em uma dinâmica muito intensa. As atuais rochas ígneas
superficiais estão sofrendo o constante ataque dos agentes intemperemos - os
componentes atmosféricos O2 e CO2 a água e os organismos - que lentamente reduzem-nas a material
fragmentar, incluindo tanto os detritos sólidos da rocha original como os novos
minerais formados durante o intemperismo. A ação dos agentes de erosão e
transporte retribui o material fragmentar através da superfície, depositando
como sedimentos incensos no início. Transformam - se em rochas sedimentares,
porém, pela compactação dos fragmentos e expulsão de água intersticial e pela
cimentação dos fragmentos uns aos outros, as rochas sedimentares, por sua vez,
por aumento de pressão e temperatura gerarão as rochas metamórficas. Ao
aumentar a pressão, e especialmente a temperatura, em determinado ponto
ocorrerá a fusão parcial e novamente a possibilidade de formação de uma nova
rocha ígnea, dando-se início ao um novo ciclo.
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