quinta-feira, 5 de março de 2015

O Rio São Francisco e as ações antrópicas

O Rio São Francisco e as ações antrópicas

Nessas décadas, o rio São Francisco vem sendo alvo da influencia antrópica em torno dele, com grande importância no abastecimento humano e irrigação, cidades nasceram em sua margem, tanto quanto plantações em larga escala que se instalaram. Observando a grande força que o velho Chico detinha, várias barragens foram feitas, essas visando o controle do abastecimento e de irrigação das cidades e comunidades que tinham o rio como auxilio principal (ou secundário) de renda. As obras de engenharia somada com os maus tratos que as cidades fizera para com o rio trás uma situação atual delicada, porém, solucionável.

 A bacia do São Francisco vem sofrendo degradações ao longo do tempo com sérios impactos sobre as águas e, consequentemente, sobre a fauna aquática existente. A maioria dos povoados e cidades não possui nenhum tratamento de esgotos domésticos e industriais, lançando-os diretamente nos rios, o alto são Francisco detém grande concentração demográfica com existência mínima de saneamento. No sub médio e baixo São Francisco o uso intensivo de fertilizantes e defensivos agrícolas também tem contribuído para a poluição das águas junto com o desmatamento das matas siliares só pioram a qualidade do rio, apresentando assoreamento. Além disso, os garimpos no alto São Francisco, a irrigação e as barragens hidrelétricas são responsáveis pelo desvio do leito dos rios, redução da vazão, alteração da intensidade e época das enchentes, transformação de rios em lagos, etc. com impactos diretos sobre os recursos pesqueiros e na foz.

 As barragens hidrelétricas e para irrigação transformaram o rio São Francisco em alguns de seus tributários. Atualmente, existe no rio um complexo de barragens da Companhia Hidrelétrica do Rio São Francisco – CHESF, (Itaparica, Complexo Moxotó com Paulo Afonso I, II,III,IV e Xingó). E até hoje é motivo de discussões entre os ambientalistas devido ao trafego da fauna marinha vedado no rio e a diminuição da vazão do rio, um grande problema, aumentando o assoreamento, comprometendo o canal navegável do rio e uma das fontes de renda dos ribeirinhos, o turismo. Outro entrave com a diminuição da vasão é o avanço do mar: permitindo que o mar avance adentro do rio São Francisco, comprometendo as espécies que dependem diretamente da água doce para viver e reproduzir, o avanço do mar permite também a entrada de novas espécies marinhas, descontrolando a cadeia alimentar que ali existira. Marques (2003) aponta o caso do avanço do mar sobre áreas continentais, na foz do rio São Fran­cisco devido à diminuição da força das águas do rio, pela diminuição de sua vazão. Muehe (2005) por sua vez, explica que além da diminuição da vazão das águas, também o processo contínuo de transporte de sedimen­tos pelas águas dos rios contribuem para constituir barreiras submersas que impedem o avanço das águas marinhas nas áreas estuarinas

Analisando os fatos em abordagem, a falta de estrutura de saneamento das cidades que vivem a margem do São Francisco, o desmatamento das matas siliares, mata essa que é essencial para a vida velho chico, a poluição no alto e médio São Francisco, os desvios de pequenos canais com fins de beneficiar grandes monoculturas no sub médio observamos e podemos concluir que há o descaso das politicas publicas das cidades e a falta de conscientização da população, capitalista, que apenas vê o grande poder econômico e benéfico que o rio move nas cidades, porém, não zelam para com o mesmo. A “solução” do problema é em longo prazo, vindo através de grandes investimentos em educação ambiental nas escolas, a criação de empregos voltados a preservação das matas e do rio, uma maior e eficaz fiscalização dos dejetos das empresas que se instalaram próximo ao rio, a criação de projetos de saneamento e de ETA’s e ETE’s somado ao tempo, para conseguir amenizar o problema do avanço do mar e com isso, preparar o velho Chico para uma turbulenta transposição, que diminuirá ainda mais sua vazão e agravará os problemas atuais.



 **Escrito por Jadson Freire


0 comentários:

Postar um comentário