Foi
desenvolvido um pequeno resumo sobre a obra de Geogre Martine, sobre a equação
PDA desenvolvida pelo mesmo, para saber o artigo citado nesse texto, cliqueaqui.
O
artigo de George Martine fala sobre o lugar do espaço na equação
população/desenvolvimento/meio ambiente (PDA), responde um pouco a respeito das
vantagens da sustentabilidade e de novos conceitos de capacidade de carga. O
argumento de que a distribuição da população sobre o espaço afeta a
sustentabilidade é exemplificado com relação à concentração urbana.
A
relação entre a população e o meio ambiente, e, que acertadamente o crescimento
e o tamanho da população são críticos para o ambiente. No entanto há ainda uma
negligencia a importância do espaço nas interações entre a população o
desenvolvimento e o meio ambiente (PDA), e não foi abordada uma questão chave:
Quais as vantagens de diferentes padrões de vida populacionais?
Uma
população pode ocupar um mesmo espaço de diversas maneiras, que podem ter
implicação no espaço significativamente diferentes; assim ,refletindo, podemos
alcançar para a civilização moderna a sustentabilidade. A maioria dos problemas
ambientais enfrentados pela civilização tem sua origem nos padrões de produção
e consumo; este centrado nas áreas urbanas, e, ao mesmo tempo, as cidades
apresentam vantagens em termos de seu potencial econômico e concilia as
realidades da sustentabilidade.
A
maioria dos estudiosos lidam com o espaço na equação PDA através da mensuração
da “capacidade de carga”: PRESTON (1994) diz que o espaço físico não é o
problema, o fato é a organização social que importa na capacidade de carga.
Outra nova abordagem em relação ao PDA foi o conceito da “pegada ecológica”
onde a quantidade de terra produtiva é necessária para sustentar a população de
uma cidade em seus níveis de consumo. Por um lado, o conceito de pegada
ecológica não é uma ciência exata, porém, é útil para ampliar a consciência
sobre o desenvolvimento industrial e os desafios para a sustentabilidade. Numa
linha similar, economistas holandeses usam o termo “espaço ambiental”, para
chamar atenção sobre o tamanho da pressão ambiental que os ecossistemas
terrestres podem aguentar sem sofrerem danos irreversíveis.
Em
resumo, tentar descobrir a capacidade da teoria de carga da terra não é
particularmente útil, mas calcular quantos recursos estamos usando nas cidades
é importante para conscientização, porém, não mostra como usar o espaço de
forma sustentável. Diante das limitações das tentativas para lidar com a
relação entre o meio ambiente e o espaço, poderíamos focar em uma situação mais
pratica: Como uma população especifica pode usar de forma sustentável um dado
território? Focar-se no uso sustentável do espaço favorece a consideração
econômica e social em relação das características demográficas do local. A
sustentabilidade exige então, que os esforços de desenvolvimento em um
território atenda não um padrão de produção, mas também uma alocação espacial
da atividade econômica.
Influenciando
o uso sustentável do espaço: Os assuntos de população, desenvolvimento e
ambiente (PDA) discutidos pelas ciências populacionais são aqueles relacionados
aos impactos da concentração demográfica no meio ambiente.
Sem
duvida, a importância ambiental das cidades é tida como papel importante para
estrutura do desenvolvimento, pois a maior parte dos investimentos econômicos
vem de áreas urbanas, tornando-a principal foco da atenção demográfica. Atualmente,
2.9 milhões de pessoas vivem em cidades, e espera-se que esse numero crescerá
para 5 bilhões(2009) em contrapartida com a população rural, que terá uma
diminuição significativa ao longo desse tempo, isso significa que todo o nível
populacional de crescimento ocorrerá em áreas urbanas, por isso, é necessário
um maior foco nas cidades.
O
fenômeno do crescimento urbano é uma benção ou uma ameaça para a sustentabilidade?
Os ambientalistas tradicionais ainda olham para o crescimento urbano com
aversão, pois grande parte da população urbana atual vivem em condições
imprópria de saúde e necessidades básicas. A solução disso seria uma população
dispersa? Não é a resposta mais básica para essa pergunta: Dispersar a
população acarretaria um impacto ambiental maior que uma população urbana
concentrada, ou seja, o fato de um crescimento das cidades pode ser vantajosa,
pois representam um uso sustentável de ocupação do solo, sendo mais fácil
aplicar a sustentabilidade nesses locais, concentrados, do que em lugares
dispersos. Além disso, a fecundidade urbana é menor que a rural. Assim a
urbanização concentrada tem um papel significativo na redução dos índices de
crescimento populacional, já que nas cidades não há espaços para famílias
grandes vistas em comunidades rurais.
Uma
das principais preocupações é que as cidades ocupem grandes extensões, e de
muitas vezes, com valores econômicos e ecológicos, o alastramento de áreas
urbanas tende a destruir terrenos férteis para a agricultura, e ao mesmo tempo,
fazer grande perca para a biodiversidade local. Se a população estivesse dispersa,
sem duvidas os ecossistemas locais seriam mais frágeis, e a mazela social,
praticamente a mesma.
Então
conclui-se que é necessário um planejamento do uso do solo urbano, atender as
necessidades dos pobres, para que não tenha migração para grandes centros
urbanos, e consequentemente, uma invasão em lugares marginais ou ecologicamente
frágeis. As politicas de uso do solo poderiam reduzir significativamente as
consequências sociais e ambientais negativas de um crescimento urbano
inevitável. As observações aqui contidas são provas que a urbanização pode ser
sim aliada à sustentabilidade, já que, sem desenvolvimento, as áreas urbanas
serão simplesmente desastrosas. Mas a capacidade de gerenciamento das cidades
em lidar com os desafios ambientais apresentados pela concentração de pessoas
em prover infraestrutura e serviços fundamentais depende diretamente da disponibilidade
de recursos econômicos e uma gestão publica eficiente.
**O texto foi escrito por Jadson Freire
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