sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

O lugar do espaço na equação PDA (Resumo)

Foi desenvolvido um pequeno resumo sobre a obra de Geogre Martine, sobre a equação PDA desenvolvida pelo mesmo, para saber o artigo citado nesse texto, cliqueaqui.

O artigo de George Martine fala sobre o lugar do espaço na equação população/desenvolvimento/meio ambiente (PDA), responde um pouco a respeito das vantagens da sustentabilidade e de novos conceitos de capacidade de carga. O argumento de que a distribuição da população sobre o espaço afeta a sustentabilidade é exemplificado com relação à concentração urbana.
A relação entre a população e o meio ambiente, e, que acertadamente o crescimento e o tamanho da população são críticos para o ambiente. No entanto há ainda uma negligencia a importância do espaço nas interações entre a população o desenvolvimento e o meio ambiente (PDA), e não foi abordada uma questão chave: Quais as vantagens de diferentes padrões de vida populacionais?
Uma população pode ocupar um mesmo espaço de diversas maneiras, que podem ter implicação no espaço significativamente diferentes; assim ,refletindo, podemos alcançar para a civilização moderna a sustentabilidade. A maioria dos problemas ambientais enfrentados pela civilização tem sua origem nos padrões de produção e consumo; este centrado nas áreas urbanas, e, ao mesmo tempo, as cidades apresentam vantagens em termos de seu potencial econômico e concilia as realidades da sustentabilidade.
A maioria dos estudiosos lidam com o espaço na equação PDA através da mensuração da “capacidade de carga”: PRESTON (1994) diz que o espaço físico não é o problema, o fato é a organização social que importa na capacidade de carga. Outra nova abordagem em relação ao PDA foi o conceito da “pegada ecológica” onde a quantidade de terra produtiva é necessária para sustentar a população de uma cidade em seus níveis de consumo. Por um lado, o conceito de pegada ecológica não é uma ciência exata, porém, é útil para ampliar a consciência sobre o desenvolvimento industrial e os desafios para a sustentabilidade. Numa linha similar, economistas holandeses usam o termo “espaço ambiental”, para chamar atenção sobre o tamanho da pressão ambiental que os ecossistemas terrestres podem aguentar sem sofrerem danos irreversíveis.
Em resumo, tentar descobrir a capacidade da teoria de carga da terra não é particularmente útil, mas calcular quantos recursos estamos usando nas cidades é importante para conscientização, porém, não mostra como usar o espaço de forma sustentável. Diante das limitações das tentativas para lidar com a relação entre o meio ambiente e o espaço, poderíamos focar em uma situação mais pratica: Como uma população especifica pode usar de forma sustentável um dado território? Focar-se no uso sustentável do espaço favorece a consideração econômica e social em relação das características demográficas do local. A sustentabilidade exige então, que os esforços de desenvolvimento em um território atenda não um padrão de produção, mas também uma alocação espacial da atividade econômica.
Influenciando o uso sustentável do espaço: Os assuntos de população, desenvolvimento e ambiente (PDA) discutidos pelas ciências populacionais são aqueles relacionados aos impactos da concentração demográfica no meio ambiente.
Sem duvida, a importância ambiental das cidades é tida como papel importante para estrutura do desenvolvimento, pois a maior parte dos investimentos econômicos vem de áreas urbanas, tornando-a principal foco da atenção demográfica. Atualmente, 2.9 milhões de pessoas vivem em cidades, e espera-se que esse numero crescerá para 5 bilhões(2009) em contrapartida com a população rural, que terá uma diminuição significativa ao longo desse tempo, isso significa que todo o nível populacional de crescimento ocorrerá em áreas urbanas, por isso, é necessário um maior foco nas cidades.
O fenômeno do crescimento urbano é uma benção ou uma ameaça para a sustentabilidade? Os ambientalistas tradicionais ainda olham para o crescimento urbano com aversão, pois grande parte da população urbana atual vivem em condições imprópria de saúde e necessidades básicas. A solução disso seria uma população dispersa? Não é a resposta mais básica para essa pergunta: Dispersar a população acarretaria um impacto ambiental maior que uma população urbana concentrada, ou seja, o fato de um crescimento das cidades pode ser vantajosa, pois representam um uso sustentável de ocupação do solo, sendo mais fácil aplicar a sustentabilidade nesses locais, concentrados, do que em lugares dispersos. Além disso, a fecundidade urbana é menor que a rural. Assim a urbanização concentrada tem um papel significativo na redução dos índices de crescimento populacional, já que nas cidades não há espaços para famílias grandes vistas em comunidades rurais.
Uma das principais preocupações é que as cidades ocupem grandes extensões, e de muitas vezes, com valores econômicos e ecológicos, o alastramento de áreas urbanas tende a destruir terrenos férteis para a agricultura, e ao mesmo tempo, fazer grande perca para a biodiversidade local. Se a população estivesse dispersa, sem duvidas os ecossistemas locais seriam mais frágeis, e a mazela social, praticamente a mesma.
Então conclui-se que é necessário um planejamento do uso do solo urbano, atender as necessidades dos pobres, para que não tenha migração para grandes centros urbanos, e consequentemente, uma invasão em lugares marginais ou ecologicamente frágeis. As politicas de uso do solo poderiam reduzir significativamente as consequências sociais e ambientais negativas de um crescimento urbano inevitável. As observações aqui contidas são provas que a urbanização pode ser sim aliada à sustentabilidade, já que, sem desenvolvimento, as áreas urbanas serão simplesmente desastrosas. Mas a capacidade de gerenciamento das cidades em lidar com os desafios ambientais apresentados pela concentração de pessoas em prover infraestrutura e serviços fundamentais depende diretamente da disponibilidade de recursos econômicos e uma gestão publica eficiente.

**O texto foi escrito por Jadson Freire




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